No seguimento do processo de denúncia e contestação da instalação da
Empresa PGG no Concelho de Nelas, a AZU – Ambiente em zonas Uraníferas, teve
como iniciativa das Comemorações do Dia do Ambiente, a organização de uma Concentração no
Ecocentro de Nelas.
Na mesma, estiveram presentes para além de
elementos da AZU, alguns populares e, ainda dirigentes dos Verdes e PCP. Em
declarações à Comunicação Social, António Minhoto, Presidente da AZU, salientou
os principais motivos para esta contestação, referindo que:
No projeto inicial para a unidade industrial que a
PGG pretende instalar em Nelas, em local ainda não decidido, está definido para
a sua laboração o tratamento de subprodutos animais de Categoria 1, instalando
inicialmente as Categorias 3 e 2;
A quantidade de água a utilizar no processo será de
250m3/dia, que virá de furos artesianos e da rede;
A exiguidade das dimensões do Concelho para um
empreendimento com as dimensões requeridas.
Não há garantia que a libertação de odores intensos
resultantes do processo de cocção (cozimento) dos subprodutos seja totalmente
eliminada. Sendo que um dos maiores impactes ambientais e sociais deste tipo de
instalações resulta da libertação de fortes cheiros na vizinhança e, não
havendo em Portugal legislação no âmbito dos odores, o que faz com que uma
fábrica possa estar a cumprir a legislação e ao mesmo tempo a exalar fortes
odores com consequências dramáticas para o ambiente envolvente e para as
pessoas que o habitam.
As Tentativas de instalação da empresa noutros
municípios do país, foi combatida pelas populações e que as investigações
levadas a cabo sempre comprovaram fortes danos em termos ambientais.
Se considera provado que a instalação da PGG trará
impactos ambientais, ao nível das emissões atmosféricas, efluentes líquidos,
fauna e flora;
O transporte dos subprodutos passará
necessariamente por vias que atravessam as populações, e mesmo outros
Concelhos, com as consequências que daí possam advir.
Existe um historial ambiental no concelho de Nelas
altamente negativo;
A relação custo/benefício decorrente da instalação
da PGG fará com que as populações, vejam a sua qualidade de vida gravemente
diminuída;
E por fim, e não menos importante, o impacto no
turismo e nas unidades termais numa perspectiva de desenvolvimento.
Reiterou ainda a posição já assumida na Sessão
Pública de 16 de Fevereiro de 2013, de lutar com todos os meios legais contra a
instalação da empresa PGG na região e no caso concreto no concelho de Nelas,
tendo em conta as consequências nefastas que trará.
Finalmente lançou um repto aos Candidatos
Autárquicos à Câmara Municipal de Nelas e às Juntas de Freguesia de Nelas e de
Canas de Senhorim, no sentido de se pronunciarem acerca deste assunto, tendo em
linha de conta que estamos perante um problema que afeta o desenvolvimento
sustentado do Concelho.