segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Encerrar a Central Nuclear de Almaraz no Rio Tejo!

A Central Nuclear de Almaraz está com graves problemas, são 26 incidentes desde 2012! Não vale a pena discutir o grau de classificação do incidente. Se a peça que avariou é vital ou não! Sabemos dos problemas em geral que afectam o funcionamento da central, a corrosão dos geradores de vapor, a insuficiência dos sistemas de refrigeração de emergência entre outros, conforme explanou Francisco Castejón na sessão pública ocorrida a semana passada na Biblioteca Pública de Cáceres.
São paragens consecutivas que realçam de forma clara e evidente a degradação de toda a estrutura. A sua vida útil terminou há dois anos, não queremos acreditar que tenha sido a crise que levou a que se prolongasse o seu funcionamento por mais 10 anos.
A central nuclear fica a pouco mais 100Km de Portugal (Portas de Ródão), é refrigerada pelo Rio Tejo já de si tão maltratado pelos transvases, pela poluição dos esgotos de Madrid, pela escorrência dos químicos utilizados na agricultura intensiva, pelas industrias de celulose, entre outros!!!
Chega-nos a Lisboa um Rio completamente poluído e sem água, a poluição que se vê e a oculta (Almaraz). E não se manifestam? Há tanta água que confundem o Rio com o Oceano!
As populações dos distritos de Portalegre e Castelo Branco devem pedir transparência neste assunto ao governo português, e que este pressione o governo espanhol no sentido de encerramento definitivo da Central de Almaraz!

A direção da AZU 25.02.2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Incidente en la central nuclear de Almaraz


La Central Nuclear Almaraz II (Cáceres) se ha visto obligada a parar tras un incidente en una válvula que ha afectado al presionador, pieza clave para la seguridad de la central, según informó hoy Ecologistas en Acción.

El pasado sábado, a las 00.00 horas, tuvo lugar una incidencia en el reactor nuclear de Almaraz II, ya que se produjo un aumento de presión en una pieza denominada presionador, que superó los valores normales durante más de 25 minutos.
Esta pieza se encarga de mantener el agua del circuito primario de refrigeración del reactor a suficiente presión para que no hierva a pesar de las altas temperaturas que alcanza el agua, que superan los 300 grados centígrados.
Según la organización ecologista, la integridad del presionador resulta clave, por tanto, para la seguridad de la central, puesto que su rotura haría que el agua se convirtiera en vapor y no fuera capaz de refrigerar las barras de combustible de la planta. Añade que la rotura del presionador podría dar lugar a un accidente con peligro de fusión del núcleo.
Asimismo, sostiene que la sobrepresión en el presionador se debe al fallo de una válvula que, a su vez, ha sido provocado por la puesta a tierra accidental de un cable que controla aquella.
La organización indica que el Consejo de Seguridad Nuclear (CSN) ha calificado el incidente como nivel 0 en la Escala Internacional de Sucesos Nucleares (INES, en sus siglas inglesas), aunque de forma provisional, alegando que los valores de la presión alcanzada en el presionador no superan las Especificaciones Técnicas de Funcionamiento (ETF) de la central.
Sin embargo, para Ecologistas en Acción, "estamos ante un fallo de más envergadura y que debería calificarse como nivel 2, puesto que ha fallado un sistema clave para la seguridad. No se conoce la causa última por la que el cable se ha conectado a tierra y podría haberse dado la circunstancia de que la presión superara las ETF y se produjera un fallo del presionador".
Según la organización, este incidente pone de manifiesto la enorme complejidad de las centrales nucleares, en las que hay numerosos sistemas que están interrelacionados, y el fallo de uno de ellos, afirma, puede dar lugar a un accidente severo. En este caso, añade, basta que se active una toma de tierra para que tenga problemas una pieza clave para la seguridad.

18.02.2013 http://www.diariofinanciero.com/

domingo, 17 de fevereiro de 2013

MOÇÃO APROVADA NA SESSÃO PÚBLICA ACERCA DA PGG


Os participantes na sessão pública que decorreu no Pavilhão Multiusos de Nelas, no dia 16 de Fevereiro pelas 15h, para discutirem a instalação no concelho da empresa espanhola PGG – PetFood, aprovam a seguinte moção:

Considerando que:

- A unidade industrial que a PGG pretende instalar em Nelas, em local ainda não decidido, recebendo para a sua laboração subprodutos animais de Categoria 1, instalando inicialmente as Categorias 3 e 2;
- A quantidade de água a utilizar no processo será de 250m3/dia, que virá de furos artesianos e da rede;
- Não há garantia que a libertação de odores resultantes do processo de cocção (cozimento) dos subprodutos seja totalmente eliminada;
- Tentativas de instalação da empresa noutros municípios do país, foi combatida pelas populações;
- Vários habitantes das populações vizinhas da empresa localizada em Ribeira d’Ondara (Lérida – Catalunha) fizeram considerações negativas como o aparecimento de ratos, a água secar nos poços; só o estado económico do país permitiu a instalação da empresa, pois em situações normais preferiam não a ter na região, e as zonas mais atingidas pelos maus cheiros encontrarem-se na direcção dos ventos dominantes;
- A instalação da PGG trará eventuais impactos ambientais, ao nível das emissões
atmosféricas, efluentes líquidos, fauna e flora;
- O transporte dos subprodutos passará necessariamente por vias que atravessam as populações, com as consequências que daí podem advir;
- Havendo um historial ambiental no concelho de Nelas altamente negativo;
- O impacto negativo que a empresa trará ao Município de Nelas e mesmo aos concelhos limítrofes;
- Tendo em consideração a relação custo/benefício decorrente da instalação da PGG para as populações, com a qualidade de vida gravemente diminuída;
- E por fim, e não menos importante, o impacto no turismo e nas unidades termais numa perspectiva de desenvolvimento sustentável,
Decidem:
Lutar com todos os meios legais contra a instalação da empresa PGG na região e no caso concreto no concelho de Nelas.

Esta Moção será entregue:

· À Câmara Municipal de Nelas
· À PGG – PetFood
· Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território
· Ministério da Economia e do Emprego
· Grupos Parlamentares
A moção foi aprovada com 1 voto contra e 2 abstenções. 

sábado, 9 de fevereiro de 2013

SESSÃO PÚBLICA: A instalação no Concelho de Nelas da Empresa Espanhola PGG



16 de Fevereiro 2013 – 15
 Local:  Edifício Multiusos - Nelas

A instalação no Concelho de Nelas da empresa espanhola PGGProteínas y Grasas Gimeno SL, e o seu impacto no meio ambiente, saúde das populações e desenvolvimento económico.

Convidados:
Câmara Municipal de Nelas, PGG, Movimentos cívicos e
ambientalistas e Partido Ecologista Os Verdes



Convida-se a população a estar presente
Desta decisão muito depende o nosso Futuro!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Posição e relatório da AZU acerca da Instalação da Empresa PGG no Concelho de Nelas


Na sequência da anunciada instalação da PGG - Proteinas y Grasas Gimeno SL  no Concelho de Nelas,   e após termos elaborado todo um dossier acerca da matéria e ainda efetuado uma visita a Espanha, à sede da referida empresa  e zonas limítrofes, em conjunto com uma delegação mais ampla, incluindo a Câmara de Nelas e outros, no sentido de recolhermos elementos e avaliarmos a situação no terreno. A AZU – Ambiente em Zonas Uraníferas, torna pública a sua posição contra a instalação da empresa PGG na região e, nomeadamente no concelho de Nelas, a qual se encontra patente e circunstanciada no relatório abaixo.
Mais informamos que iremos realizar uma Sessão Pública, no próximo dia 16 de Fevereiro pelas 15h, no Edifício Multiusos em Nelas, para a qual estamos a convidar a Câmara Municipal de Nelas, os representantes da Empresa PGG, Movimentos Ambientalistas Portugueses e Espanhóis, Movimentos de cidadãos que têm vindo a contestar a mesma instalação noutros Concelhos e ainda o Partido Ecologista “ Os Verdes”.

RELATÓRIO DE VISITA – PGG Group: PetFoodIngredients SL
DATA: 16 DE JANEIRO 2013
LOCAL: Ribera d’Ondara
INTERVENIENTES:
·         CÂMARA MUNICIPAL DE NELAS – Manuel Marques (Vereador)e Amadeu Salvador (Veterinário), Luís Costa (Técnico Superior)
·         AZU (Ambiente em Zonas Uraniferas) –António Minhoto (Presidente) e Joana Travessas (Consultora)
·         Fernando Neto (Folha do Centro)
Objectivo:
·         Efectuar uma visita sem aviso prévio à empresa PGG, para conhecimento da laboração normal da indústria
·         Recolher informações, junto da Empresa, acerca do projeto pretendido para Nelas
·         Auscultação da população envolvente à área de implantação da empresa acerca da empresa PGG
·         Verificação das condições do meio ambiente limítrofe
Visita:
8.30h–Visita às imediações da empresa
Foi feita visita a pé às imediações da empresa, com identificação do leito de água aí existente.
No dia da visita o leito estava seco.
A flora envolvente encontrava-se morta e seca.
O terreno a jusante das instalações da PGG estava pastoso
10.00h – Visita à empresa PGG – PetFood
A comitiva foi recebida pelo Project Manager Máxim Borrull e pelo encarregado da empresa.
As questões colocadas pela AZU foram respondidas.
1 - AZU:Qual o projecto que pretendem para o concelho de Nelas? Igual ao previsto para Mangualde, em Várzea de Tavares?
PGG:Sim. Segundo Maxim Borrull, a PGG pretende que unidade industrial a instalar em Nelas venha a receber subprodutos animais de categoria 1, instalando inicialmente a categoria 3 e 2.

2 - AZU: Quantos trabalhadores operam nesta unidade industrial?
PGG: Aproximadamente 110 trabalhadores. Cerca de 60% são de populações vizinhas e os restantes são estrangeiros.
3 - AZU: Que quantidade de água é utilizada no processo?
PGG:250 m3/dia de água
4 - AZU: Para que efeitos?
PGG: Para processos de manutenção, limpeza, purgas.
5 - AZU: Não é necessário utilizar água para o processo de cozimento?
PGG: Não. As próprias carcaças libertam água.
6 - AZU: De que forma é feito o abastecimento de água?
PGG: De furos e da rede.
7 - AZU: De que forma é tratada a água residual resultante deste processo?
PGG: Através de uma ETAR.
8 - AZU: De onde resultam os maus odores que se sentem durante a laboração da empresa?
PGG: Do processo de cocção (cozimento) dos subprodutos, que resulta na libertação de vapor de água para a atmosfera.
A empresa informou que está a tomar medidas para diminuir os maus odores emitidos.
Foi solicitada a visita às instalações, tendo sido recusada visto não ter sido uma visita programada com a PGG.
14.00h – Entrevistas com vários habitantes das populações vizinhas.
Referimos algumas considerações feitas pelas pessoas entrevistadas, nas populações de Sant Antoli, LaRabassa, Cervera, Briançô, Sant PeredelArquells
·         “Se não fosse o estado económico do país, preferíamos ter outra empresa que não provocasse tantos maus cheiros”
·         “Houve alturas que dava vómitos o cheiro que se sentia aqui”
·         De há 1 ano para cá os dias com mau cheiro têm diminuído, e sentem-se mais na altura do Verão. Mas dantes o mau cheiro sentia-se frequentemente”
·         “Apareceram ratos desde que a empresa cá se instalou”
·         “As populações mais atingidas são aquelas que se encontram na direcção do vento, dominante que leva os maus cheiros até lá”
·         “Foram feitos referendos pelas populações mas que não deu em nada”.
·         “Utilizavam uns poços de água numa população próxima mas como secaram tivera de recorrer à rede de água pública”.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
A posição que a AZU – Ambiente em Zonas Uraniferas apresenta com a elaboração deste relatório, teve em conta os seguinte pressupostos:
·         A PGG – PetFood pretende que a unidade industrial de Nelas processe matérias da subcategoria 1, o que obrigatoriamente terá que passar por um processo de incineração de acordo com Regulamento CE nº 178/2002. Este processo, e tal como acontece a titulo de exemplo em Souselas, leva à libertação de compostos cancerígenos;
·         Foram feitos referendos pelas populações das aldeias e vilas vizinhas contra a PGG - PetFood, contestando os maus cheiros que se sentem
·         Em Ribeira d’ondara as categorias processadas são apenas a categoria 2 e 3;
·         Apesar das alterações que tiveram lugar no último ano no processo produtivo da PGG, continua a sentir-se maus odores em alguns dias e épocas do ano (principalmente no Verão);
·         A PGG abordou anteriormente outras autarquias na zona centro de Portugal para a implantação desta unidade, sendo que as investigações levadas a cabo por grupos de habitantes e associações ambientalistas locais, levaram a que a PGG procurasse sempre outra autarquia como alternativa;
·         As investigações levadas a cabo pelos habitantes e associações ambientalistas locais, apresentaram sempre provas de elevados impactos ambientais ao nível das emissões atmosféricas, efluentes líquidos, fauna e flora
·         O transporte dos resíduos passará por várias populações até ao seu destino final, havendo registos de falta de condições sanitárias no seu transporte e de mau cheiro deixado na passagem pela via pública. Faz-se notar que ainda recentemente em Nelas, sucedeu um incidente que levou a que uma camioneta descarrega-se na via pública, uma grande quantidade de fezes de animais oriundos de explorações pecuárias, estando horas para ser resolvido. Situação essa de muito menor gravidade, face ao impacto que pode trazer uma empresa de transformação de resíduos animais
·         Existência de memória passada por parte das populações de uma empresa de fabricação de sabões junto a Vilar Seco com graves problemas ambientais, e a dificuldade que existiu para que saísse do concelho
·         O impacto que a empresa irá criar não só em Nelas, mas em todas as freguesias vizinhas e até no concelho de Mangualde.
Por todas as considerações enunciadas, a AZU está contra a instalação da empresa PGG na região e nomeadamente no concelho de Nelas, considerando que o custo/beneficio que irá daí decorrer, terá uma maior prevalência ao nível dos custos: para o ambiente, para as populações, que irão ver a sua qualidade de vida diminuída, custos para o turismo que se quer manter a par do desenvolvimento sustentável da região e que no nosso país é e será uma actividade de contínuo investimento para o futuro.
Estamos a passar por tempos muito difíceis, o desemprego aumenta a cada mês que passa, e a tomada desta posição por parte da AZU teve também em conta este flagelo. No entanto, o investimento para um futuro melhor passa também pelas decisões que se tomam no presente, que devem ser sustentadas no objectivo da melhoria da qualidade de vida de todos nós.