domingo, 22 de fevereiro de 2015

Paulo Portas em Nelas: AZU alertou o vice-primeiro ministro para os problemas ambientais causados pela Empresa Borgstena

A AZU tem efetuado ao longo dos últimos oito anos, a denúncia, acompanhamento e pressão, na tentativa de resolução sempre adiada, da Poluição da Ribeira da Pantanha pelos efluentes industriais da Empresa Borgstena, no Concelho de Nelas, situação que põe em causa o Ecossistema, bem como o rio Mondego e por sua vez a Barragem de Aguieira.
 Das queixas diversas que fizemos ao Ministério do Ambiente, APA e restantes entidades fiscalizadoras em 2013, obtivemos como resposta por parte do referido Ministério, terem sido instaurados diversos processos de contra ordenação à Borgstena, não tendo estes surtido efeito. Fomos também informados que em conexo com as situações anteriores, e face à ligação dos efluentes da Borgstena ao coletor Municipal foram instaurados processos, em Abril e Maio de 2013, da Fiscalização da ARH de Viseu, ao Município de Nelas, por rejeição de Águas residuais sem título, do Sistema de Saneamento Público à ETAR da Urgeiriça. 

Ainda por via da última queixa efetuada pela AZU, a Câmara Municipal de Nelas foi notificada pelo Ministério do Ambiente em Julho de 2014, no sentido de tamponar a saída do efluente da Borgstena, tendo sido pedida pela CMN uma moratória de 6 meses desde Julho de 2014 agora renovada por mais 6 meses até uma resolução da situação.
A AZU tem efetuado diversas reuniões, a nosso pedido, com a CMN e Borgstena, onde o problema foi analisado tendo sido previstas diversas soluções no sentido de eliminar os efeitos poluidores, até agora sem resultado. Nem os investimentos desperdiçados da CMN nem os da Empresa Borgstena , conseguiram evitar que continuasse a existir contaminação com parâmetros muito acima do admissível.
 Pretendeu-se também, segundo a Câmara Municipal de Nelas, que o novo quadro comunitário permitisse introduzir uma candidatura para a resolução do problema dos efluentes industriais da Borgstena, no entanto, em virtude de as verbas comunitárias não contemplarem ETARs Industrias, remetendo para o princípio do poluidor pagador, estará desta vez a tentar apoio por parte do Ministério da Economia.
Perante este quadro ambientalmente negativo, não podemos deixar de fazer novamente denúncia e exigir das instâncias governamentais nacionais e europeias, que ponham termo a este atentado.
A AZU, aproveitou a visita do Vice-primeiro-ministro ao Concelho de Nelas e mais concretamente à Empresa Borgstena, para o alertar para este problema ambiental e para a necessidade de serem tomadas medidas urgentes, entregando pessoalmente, o dossier por nós elaborado acerca do assunto e responsabilizando assim o governo, através do Sr. Vice- Primeiro-ministro, de cumplicidade, caso não sejam tomadas medidas que ponham fim a este crime ambiental.
Iremos organizar um Debate Publico, para em conjunto com os cidadãos, tomarmos em mãos a defesa do Ambiente e da Qualidade de Vida a que todos temos direito!
 A Direção da AZU
20/02/2015

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