quarta-feira, 21 de junho de 2023

Munda | Plenário anual | 25 de junho 2023 | Caldas da Felgueira

O MUNDA - MOVIMENTO EM DEFESA DO RIO MONDEGO, vai reunir o seu PLENÁRIO ANUAL – Domingo 25/06/2023, pelas 15h, nas Caldas da Felgueira, junto ao café “Sombrinha”, no antigo parque infantil, na margem esquerda da ribeira da Pantanha. 

Neste Plenário para além de ser apresentada, publicamente, a Carta de Direitos do Rio Mondego, vai também ser apresentado o seu Regulamento Interno e o seu Logotipo. 

Tem ainda como Missão este Plenário, aprovar os seus Porta-Vozes, bem como aprovar o seu Plano de Acção, tendo em conta a Defesa da Bacia do rio Mondego. 

Par além da presença dos membros Fundadores do Movimento, estão Todos Convocados a comparecer e a dar o seu contributo, pois, juntos teremos mais Força, nesta importante tarefa que é DEFENDER UM BEM QUE É DE TODOS NÓS. 

É um dever que a Nós cabe e que as Futuras gerações, não nos perdoariam se o não fizéssemos.

Pela Defesa do Mondego! 

Pela Defesa da Água como Bem Público! 

Não à Poluição!

A Comissão Promotora do MUNDA – Movimento em Defesa do Rio Mondego 




quarta-feira, 7 de junho de 2023

Agência Portuguesa do Ambiente e Ministério do Ambiente e da Ação Climática agridem direitos das populações bem como a natureza e o interesse nacional ao aprovarem a exploração de minas de lítio em Covas do Barroso

No passado dia 05 de junho assinalou-se o dia mundial do ambiente. 

No contexto, cabe referir a flagrante contradição entre a propaganda oficial em torno de questões ambientais a respeitar e as opções políticas concretas que vão em sentido oposto como, a nosso ver, é o caso da aprovação, pela Agência Portuguesa do Ambiente da tutela do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, da exploração de minas de lítio numa vasta área agrícola e florestal situada em Covas do Barroso, concelho de Boticas, distrito de Vila Real. 

Trata-se de um projecto para mineração profunda e a céu aberto a executar pela multinacional “Savannah Resources” uma das maiores empresas mineralíferas do mundo. É todo um projecto envolvido em forte propaganda mas que, em concreto e logo à partida, nos deve colocar de sobreaviso e em oposição quanto ao seu real impacto e às suas mais do que previsíveis más consequências. 

De facto, o projeto em causa localiza-se em área classificada como Património Agrícola Mundial, sítio GIAHS (Globally Important Agricultural Heritage System), pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura - FAO (Food and Agriculture Organization), abrangendo uma área de concessão de cerca de 600 hectares (ha), essencialmente para a produção de “concentrado de espodumena” (a principal fonte mineral do lítio) e como material secundário quartzo e feldspato, estes para utilização na indústria de cerâmica. 

As extrações serão realizadas em 3 grandes “cortas” (escavações no terreno), a céu aberto, prevendo-se, para o efeito, um consumo anual de explosivos extremamente elevado, a rondar os 1.850 t/ano, para o “desmonte” (extracção dos minérios). Isto também implica o desvio de linhas de água, a construção de “lavaria” de minério (unidade de concentração de “espodumena”), bem como a instalação de acessos vários, de múltiplas infraestruturas de drenagem e abastecimento, os desvios de linhas elétricas. Junta-se a instalação de três “escombreiras” permanentes (locais onde se acumulam inertes mexidos durante a mineração) e uma “escombreira” temporária para colocação do “estéril” (inertes e outros resíduos não utilizáveis) retirado das “cortas” a que acresce uma unidade de deposição dos “rejeitados da lavaria” (da lavagem e separação dos inertes extraídos) sem instalação específica de resíduos (Tailings Store Facility _TSF). 

O tráfego médio diário vai ser muito intenso, com cerca de 350 veículos a envolver. Tudo isto implicará grandes impactos ao nível do ambiente sonoro, e também vibrações que vão provocar danos nos edifícios a afectarão as várias aldeias e de modo radical a qualidade de vida dos habitantes locais. Para exportação do minério apurado através até aos portos do norte do país, será necessário construir uma nova via o que não foi avaliado na presente AIA, Avaliação de Impacto Ambiental. 

AZU chama a atenção que o projeto tem apenas um horizonte de 17 anos, rondando 200 trabalhadores a serem contratados e apenas durante o período de exploração (previsto para apenas 12 anos), pelo que não é significativo o acréscimo de emprego, e será limitado no tempo, enquanto o empreendimento conduzirá a uma alteração permanente e muito significativa da área em causa. 

São mais do que previsíveis as más consequências destas minas!

Em termos de impactes ambientais, embora o Rio Covas não seja directamente afectado (zona de proteção envolvente) sê-lo-á indirectamente pelos “lixiviados” (inertes lavados com água e outros elementos líquidos específicos), estendendo-se as consequências até ao rio Beça, sendo igualmente afectados, em profundidade e extensão, os níveis freáticos e as nascentes de água da zona e também de zonas contíguas. 

Ressaltamos os impactos negativos sobre a flora (florestas ripícolas e carvalhais), sobre a fauna (alcateias de lobo-ibérico em toda a região) e bivalves de águas doces. Junta-se ainda o aumento das emissões de gases de efeito de estufa, em especial o dióxido de carbono e que vão ocorrer nas fases de instalação e exploração destas minas a céu aberto. 

Ora, apesar das medidas de recuperação previstas para o final do projeto, os efeitos são muito negativos em termos da alteração da paisagem e das ocorrências patrimoniais, dado abranger o território do Sistema Agro-Silvo-Pastoril do Barroso, classificado pela FAO, e com uma elevada sensibilidade patrimonial, com numerosos testemunhos de ocupação humana desde os primórdios, sendo tais consequências decorrentes da alteração do relevo, da rede hidrográfica e da perda de vegetação. Note-se que só na zona de cabeceira das linhas de água, irão ser construídas 6 barragens para retenção de água o que, por si só, já dá uma ideia da alteração estrutural sobre os solos, as coberturas vegetais e as linhas de água. 

Do ponto de vista sócio-económico tais modificações implicarão uma perda acentuada no turismo, enquanto as atividades dos habitantes residentes serão drasticamente alteradas pela afectação direta das áreas de lameiros e de pastagens de montanha, bem como dos povoamentos florestais comunitários geridos ou com gestão delegada pelos compartes dos baldios, o que, incontornavelmente trará repercussões negativas na economia regional, globalmente considerada. 

AZU reconhece que o lítio ainda é um mineral importante para a transição energética e para o cumprimento das metas da “neutralidade carbónica” (redução e reequilíbrio das emissões de dióxido de carbono) definidas no Roteiro para a Neutralidade Carbónica até 2050. 

Todavia, os impactos negativos gerados, a criação apenas temporária de algum emprego e a devastação, com tendência para se perpectuar, deste território de grande valor sócio-económico e ecológico, não justificam este empreendimento. Note-se que a “Consulta Pública” específica foi muito participada, com cerca e um milhar de exposições, e tal como é reconhecido pela Comissão de Avaliação, com a esmagadora maioria contrária ao projeto, reconhecendo esta Comissão a possível desclassificação da região por parte da FAO com substanciais perdas económicas para a população local. Aliás, a ADRAT (Associação para o Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega) emitiu, no âmbito desta AIA, Avaliação de Impacto Ambiental, “um vigoroso parecer específico negativo”. 

Decorrente do exposto, a AZU, Associação Ambientalista, reitera a sua oposição a todo o processo e, em particular, sobre esta decisão oficial muito problemática em, para já, ser aprovada – por APA, Agência Portuguesa do Ambiente – Ministério do Ambiente - esta mineração de lítio em Covas do Barroso. E, desde já, AZU manifesta as maiores reservas quanto à aprovação de outras grandes minas a céu aberto, noutras regiões do nosso país. Isto apesar das “garantias” e “contrapartidas” alegadamente asseguradas pois o sistema vigente, e outras experiências congéneres já transcorridas, recomendam vivamente que não se caia nesse engodo e se enverede por um tal nível de confiança ou sossego. 

A luta deve continuar!

AZU manifesta-se solidária com a vontade activamente expressada pela população e por entidades várias que se têm manifestado contra a muito previsível devastação ambiental inerente ao projeto de extração e tratamento do lítio nesta zona tão frágil e de elevado valor em termos de património natural e cultural. 

AZU exorta as populações, as várias entidades interessadas e os movimentos específicos que se opõem à exploração deste tipo de minas no sentido de procurarem convergir em defesa dos direitos e da vontade das populações e do interesse regional e nacional. 

Sim, que estas minas ainda não foram abertas e esburacadas debaixo dos nossos pés, como chagas profundas a “crucificar” a Natureza!  

Sim, a luta deve continuar!

5 de Junho de 2023

A Direcção da AZU

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Larga lucha de trabajadores de minas de uranio en Portugal


La unión, el esfuerzo y la perseverancia de la lucha de los mineros de uranio de Portugal llevada a cabo desde hace décadas, logró alcanzar muchas de sus metas mediante al asociacionismo. La creación de la Asociación de Trabajadores en Minería de Uranio (ATMU) fue en 2010, pero previamente formaron una comisión que tuvo como objetivos: 1) Abogar por la recuperación ambiental de las 66 minas abandonadas, 2) Defender el derecho de jubilación de todos los ex trabajadores jubilados, 3) Defender el derecho a los exámenes médicos de todos los ex trabajadores, teniendo en cuenta la contaminación radiológica y 4) Compensación a familiares de ex trabajadores con cáncer. En esta lucha sin fin, ATMU planifica a largo plazo renovando sus órganos de gobierno con los hijos de los antiguos mineros.

sábado, 27 de abril de 2019

Concentração ibérica antinuclear pelo Fecho da Central de Almaraz


A AZU, Associação das Zonas Urâniferas,  como membro do MIA, apoia a concentração em Cedilho no próximo dia 11 de Maio, realizada por associações portuguesas e espanholas. Tendo em conta o recuo do governo espanhol ao aceitar a imposição das empresas Iberdrola e Endesa ao pretenderem a renovação da continuação da central nuclear de Almaraz. Pondo em causa a segurança de Portugal com um eventual acidente nuclear, por a data limite de vida da central ter já sido  ultrapassado.

Todos a Cedilho.
Não Ao Nuclear
Por um Tejo Limpo e Vivo

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

CONCENTRAÇÃO IBÉRICA ANTINUCLEAR CONTRA AS MINAS DE URÂNIO EM SALAMANCA





DIA 19 DE JANEIRO – 16.00H (HORA PORTUGUESA)
BARRAGEM DE SAUCELLE – FREIXO DE ESPADA À CINTA

CONCENTRAÇÃO IBÉRICA ANTINUCLEAR CONTRA AS MINAS DE URÂNIO EM SALAMANCA

Vai-se realizar no próximo dia 19 de Janeiro, pelas 16.00 horas (hora portuguesa), na Barragem de Saucelle (fronteira de Portugal com Espanha), em Freixo de Espada à Cinta, uma Concentração Ibérica Antinuclear que juntará ativistas ambientais dos dois países. Esta concentração é organizada conjuntamente pela Plataforma espanhola Stop Uranio de Salamanca e as associações portuguesas QUERCUS e AZU, tendo o apoio do Movimento Ibérico Antinuclear, da Coordenadora “No a la Mina de Urânio” e da ATMU. O objetivo principal da iniciativa é sensibilizar da opinião pública para os perigos que representa a abertura dos projetos de exploração de urânio na região de Salamanca. 

domingo, 9 de setembro de 2018

Recuperação ambiental da mina da Quinta do Bispo


COMUNICADO DE IMPRENSA DA AZU

A associação ambiental AZU - Ambiente em Zonas Uraníferas, ao tomar conhecimento da apresentação pública da candidatura da recuperação ambiental da mina de urânio da Quinta do Bispo, no concelho de Mangualde, hoje, pelas 14,30 horas, bem como da inauguração da recuperação da Mina do Castelejo, no concelho de Gouveia, não pode deixar de tomar a seguinte posição:

A AZU, que sempre lutou pela recuperação ambiental das minas de urânio, muitas vezes enfrentando incompreensões e falta de sensibilidade de alguns autarcas para esta urgência, congratula-se com a apresentação da candidatura da recuperação ambiental da mina da Quinta do Bispo, que só peca por tardia.