sábado, 27 de abril de 2013

Quercus insiste no encerramento da Central Nuclear de Almaraz, em Espanha

A associação ambientalista Quercus voltou esta sexta-feira a exigir o encerramento da Central Nuclear de Almaraz, na província de Badajoz (Espanha), no dia em que passam 27 anos do acidente nuclear de Chernobil, na Ucrânia.
Em comunicado enviado à agência Lusa, os ambientalistas consideram a Central Nuclear de Almaraz um "potencial perigo" para Portugal, uma vez que está situada a "100 quilómetros" da fronteira e junto ao Rio Tejo.
A Quercus recorda que a Central Nuclear de Almaraz "já ultrapassou o seu período normal de funcionamento e, não obstante, viu prolongado em 10 anos o seu período de actividade".
Considerando que "há um risco preocupante" com as centrais nucleares espanholas, a associação ambientalista recorda ainda que, após o último acidente nuclear em Fukushima, no Japão, o Grupo de Reguladores de Segurança Nuclear Europeu levou a cabo um conjunto de testes de stress (stress tests) nas centrais nucleares.
Almaraz foi uma das centrais inspeccionadas nos testes de segurança e, segundo os ambientalistas, "nem todos os factores de risco foram considerados", situação que leva a Quercus a considerar que "não estão contemplados os riscos de agressões externas".
"A título de exemplo, o risco sísmico no ´stress test` à central de Almaraz efectuado pelas autoridades espanholas está claramente subavaliado e só foi analisada a resistência sísmica para sismos equivalentes aos que ocorreram entre 1970 e a actualidade", lê-se no comunicado.
A Quercus considera ainda ser "importante recordar" que, caso não exista água suficiente para o arrefecimento dos reactores em Almaraz, "poderá acontecer um problema idêntico" ao que se verificou em Fukushima, "onde o sistema de arrefecimento falhou e conduziu ao desastre".

1 comentário:

  1. Esta repetidas publicações sobre peixes mortos (Guarda/Alcoutim/Caparica), recordaram-me uma notícia saida no JN em 02.10.2008: "Centenas de peixes mortos em Espanha" e cito "Meio milhar de peixes apareceram mortos no rio Tejo, muito perto da central nuclear de Almaraz, em Espanha" que traz associada esta velha questão da energia nuclear a que Portugal, sensatamente sempre disse "não obrigado!" mas que acaba por nos afetar irremediavelmente, uma vez que os nossos vizinhos espanhois teem centrais nucleares que são como aquele topico do direito civil em que um vizinho tem uma árvore, a tapar a vista ou a fazer sombra ou com ramos e frutos a cair em cima do terreno do outro vizinho.
    Neste caso o direito é muito claro: o dono da árvore é forçado pela lei a cortar a parte da árvore que incomoda o seu vizinho, a limpar todos os restos e a impedir que isto se repita. Já no caso das centrais nucleares, um assunto tão grave de saúde pública, com todos os seus resíduos a "desaguar" sobre os nossos terrenos e sobre o nosso ambiente, mesmo sem acidente nuclear, o que o vizinho pensa ou sente quando é violentado no sentido de ser obrigado a receber aquilo que não quer, que o prejudica gravemente e de que não tira qualquer proveito financeiro, parece constitui uma excepção no direito.
    Voltando aos peixes mortos a proposito dos quais e continuo a citar a notícia do JN acima "Trata-se de uma situação natural" "Mas não há nenhum risco para a saúde pública" .Acho esta afirmação no mínimo criminosa e passo a explicar: se nas explorações pecuárias, as vacas e procos começassem a morrer às centenas, de certeza que não fariam uma afirmação dessas, porque sendo o peixe um animal de que nos alimentamos, e rios e mares onde vivem, constituindo-se assim como as "nossas explorações piscicolas" o facto de esse peixe morrer às centenas é sempre uma ameaça para a saúde pública! O verão já vai adiantado ou os turistas ainda fugiriam antes para as praias espanholas já que lá teem centrais nucleares mas pelos menos os seus pescadores não são “inconscientes” (?!) como os nossos que se entreteem a espalhar peixes mortos que poderiam render algum dinheiro, por toda a costa do pais, peixe este que não põe em perigo a saúde pública, claro. Já para não falar dos eritemas causados nos banhistas, até na linha de Cascais onde não há peixes mortos.
    Quem cá dera as células solares em todas as superficies de veículos e de edificios de habitação e industriais para acabar com este nauseante e letal pesadelo das centrais nucleares!! Nem vai ser necessário o aquecimento global para acabar com tudo o que vive, a energia nuclear encarregar-se-á disso muuuiito antes! Que todos os Deuses do Planeta nos iluminem que andamos completamente dementes...
    Obrigada pelo v/ serviço ao planeta!
    M. Nunes

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