.A Câmara de Nelas vai construir uma estação elevatória para recolha de efluentes da zona industrial de Chão do Pisco que permite resolver o problema de poluição na Ribeira da Pantanha, garantiu esta terça-feira o vice-presidente da autarquia.
Naquela zona industrial situa-se a empresa sueca Borgstena, que produz estofos para automóveis e que "tem um problema com as suas águas residuais", explicou Manuel Marques à agência Lusa.
"Este assunto tem sido discutido com a Borgstena e, em conjunto, vamos resolver o problema construindo uma estação elevatória, com três quilómetros de colectores, para levar os efluentes até à segunda ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais)", situada entre Nelas e Carvalhal Redondo, referiu.
O responsável explicou que a ETAR será também sujeita a algumas obras, uma vez que há necessidade de as águas industriais "quando entram na lagoa já irem tratadas, para que os seus parâmetros se aproximem dos das águas domésticas".
As obras deverão começar em Setembro, acrescentou.
A associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU), que nos últimos anos denuncioua poluição na Ribeira da Pantanha, congratulou-se com a decisão da autarquia, considerando que "só peca pelo atraso de três anos".
Em Janeiro de 2008, o presidente da AZU, António Minhoto, denunciou que a Ribeira da Pantanha apresentava uma espuma branca e malcheirosa numa extensão de quatro quilómetros, entre a Barragem Velha da Urgeiriça e o Rio Mondego.
Na sequência desta denúncia, Manuel Marques disse que António Minhoto era "um terrorista político" que queria "destruir o concelho de Nelas", o que levou a AZU a apresentar uma queixa-crime por difamação (que resultou na absolvição do vereador).
Esta terça-feira, em comunicado, a AZU referiu que a decisão da autarquia mostra que as preocupações de António Minhoto, "em geral, eram justas, e que este atraso só prejudicou o meio ambiente, as populações envolventes, a fauna e a flora, tendo também causado danos à qualidade turística das Caldas da Felgueira", onde existem umas termas.
"Fica assim bem patente ainda que 'terrorismo político' e 'destruição do concelho' é atrasar medidas que defendam esse mesmo concelho", acrescentou.
Segundo a AZU, neste momento a poluição é mais visível na Barragem de Valinhos, zona onde a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) criou um parque de lazer, no âmbito do programa de recuperação ambiental das minas de urânio abandonadas.
A associação ambientalista sublinhou o empenho da Borgstena que, durante estes anos, tentou resolver o problema, nomeadamente mudando "a empresa responsável pelo tratamento dos resíduos por outra referenciada como das melhores deste ramo" e substituindo "filtros novos na zona do tratamento dos resíduos", entre outras medidas.
"Vimos, da parte da empresa, um grande empenho em alterar a situação, o qual infelizmente não teve os resultados esperados de eliminar totalmente a poluição", acrescentou.
Lusa 16/08/2011
"Este assunto tem sido discutido com a Borgstena e, em conjunto, vamos resolver o problema construindo uma estação elevatória, com três quilómetros de colectores, para levar os efluentes até à segunda ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais)", situada entre Nelas e Carvalhal Redondo, referiu.
O responsável explicou que a ETAR será também sujeita a algumas obras, uma vez que há necessidade de as águas industriais "quando entram na lagoa já irem tratadas, para que os seus parâmetros se aproximem dos das águas domésticas".
As obras deverão começar em Setembro, acrescentou.
A associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU), que nos últimos anos denuncioua poluição na Ribeira da Pantanha, congratulou-se com a decisão da autarquia, considerando que "só peca pelo atraso de três anos".
Em Janeiro de 2008, o presidente da AZU, António Minhoto, denunciou que a Ribeira da Pantanha apresentava uma espuma branca e malcheirosa numa extensão de quatro quilómetros, entre a Barragem Velha da Urgeiriça e o Rio Mondego.
Na sequência desta denúncia, Manuel Marques disse que António Minhoto era "um terrorista político" que queria "destruir o concelho de Nelas", o que levou a AZU a apresentar uma queixa-crime por difamação (que resultou na absolvição do vereador).
Esta terça-feira, em comunicado, a AZU referiu que a decisão da autarquia mostra que as preocupações de António Minhoto, "em geral, eram justas, e que este atraso só prejudicou o meio ambiente, as populações envolventes, a fauna e a flora, tendo também causado danos à qualidade turística das Caldas da Felgueira", onde existem umas termas.
"Fica assim bem patente ainda que 'terrorismo político' e 'destruição do concelho' é atrasar medidas que defendam esse mesmo concelho", acrescentou.
Segundo a AZU, neste momento a poluição é mais visível na Barragem de Valinhos, zona onde a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) criou um parque de lazer, no âmbito do programa de recuperação ambiental das minas de urânio abandonadas.
A associação ambientalista sublinhou o empenho da Borgstena que, durante estes anos, tentou resolver o problema, nomeadamente mudando "a empresa responsável pelo tratamento dos resíduos por outra referenciada como das melhores deste ramo" e substituindo "filtros novos na zona do tratamento dos resíduos", entre outras medidas.
"Vimos, da parte da empresa, um grande empenho em alterar a situação, o qual infelizmente não teve os resultados esperados de eliminar totalmente a poluição", acrescentou.
Lusa 16/08/2011
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